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Alguém por aí em busca de coisas que façam sentido...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Violino

Queria eu um marido
Que tocasse violino
Tão sutil ele seria
Com seu toque de menino

O gesto leve, muito calmo
Repousa a mão no meu ouvido
Me olha doce e sereno
Como num passe de compasso

E não só nisso seria belo
Teria o som do seu embalo
Seria eu seu violino
Seria seu o meu regalo

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Superficial

Vejo esta realidade
Triste realidade
Que não para nem vai

Inerte, ela espera a vida
Passar despercebida
Sem ter aonde chegar

Não sai nem fica
Permanece vazia
Sem ter o que sonhar.

Água negra

Chove mais uma noite
Chuva triste e verdadeira
Que me acolhe na solidão

Choro mais um dia
Lágrimas salinas e sombrias
Que inundam meu coração

Chovendo, as janelas tremem
Meus olhos, furtivos, acompanham
Com esperança de que por entre elas
Viesse o que eles não temem

Chorando comprovo a ilusão
Essa é minha cruel realidade
Trancada e sozinha, caída ao chão
Em busca da minha verdade

Chuto minha sorte
Por que esperei-a até agora
Porém ela não curou meus cortes
Ela só veio e foi embora...

E nesta partida levou
Consigo meu último suspiro,
Carregou a chuva e furtou meu choro
Deixando-me em descoro

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sem título

Estou planando no ar
De repente vejo uma sombra leve
Vou parar e tirar um cochilo
O solo é macio, de poeira
A sombra é uma amoreira
Fui apanhar algumas
O dono estava ali por perto
Ele não gosta que mexam nas amoreiras
Fartei-me das frutinhas
Gordas, doces, deliciosas
Nem sinal do velho proprietário
Mas minhas mão ficaram grená,
Grená-cor-de-ladrão-despreocupado

Mente

Amor
Pernas cruzadas
Sensação
Vigor
Ócio
Bolhas
Respiração
Corpo
Densidade
Planejamento
Tensão
Insanidade
Castigo
Manhã
Dúvida
Lembrança
Adeus
Amor
Gentileza
Indiferença
Vida
Rotina
Humanidade
Impessoal
Relação racional

domingo, 21 de novembro de 2010

Fatallidade

Joana não era feliz
Joana tinha dois filhos
E muita conta pra pagar

Joana triste vivia
Lavava roupas no quintal
Suava a testa e o lenço

Joana num certo dia
Depois de varrer o barraco
Deu banho no mais novo

Joana já ia se deitar
Resolveu comer uma azeitona
Se entalou com o caroço

Joana ficou roxa
Caiu sobre o colchonete
O caroço foi seu algoz

Cotidiano

Quero abrir a geladeira
Pegar um pinguim
Tirar a tampa
e beber
Bem gelado

Ambição

Não quero um desamor
Quero um executivo
Que me leve pra tomar sorvete no começo
E que depis e leve pra tomar capuccino - na Itália
É só isso; quero um amor burguês
Livre da contenção de gastos
No qual só haja espaço
Para sorrisos fartos - falsos?

Um drink sem custo

Eu quero a solidez
A segurança
A plenitude
A confiança

A eficácia
A eloqüência
A coragem

Tudo batido com dois cubos de gelo, por favor
Por que hoje a vida precisa
de um vigor a mais

Sanduíche de sentimento, por favor! (pra viagem)

É, deu para notar que você não era exclusividade minha
Mas não importa... eu só quero um bebê de olhos claros
E isso meu bem, nem com todo seu charme você pode me dar
Então não vamos mais perdurar essa ilusão desnecessária.
Mande um beijo meu a suas amantes.
Acabe de beber o vinho que está na mesa
Eu já vou
...
Fique a pé. Levo o carro, que é a única parte confiável em você